quinta-feira, 30 de outubro de 2008
A gente somos profissional, dona
Quem mora, ou já morou, em Brasília sabe como é difícil achar bons prestadores de serviço aqui, de qualquer tipo, desde pedreiros, eletricistas, bombeiros hidráulicos, pintores*, arquitetos**, mecânicos, etc. Pois bem, já contei aqui que me mudei recentemente, uma das minhas ...entas mudanças, espero que a última, pelo menos, por algum tempo; e antes disso, tocamos, eu e o Marido, a reforma do nosso apartamento sozinhos, então tenho vasta experiência no assunto.
E, somente agora, com os bebês mais crescidinhos é que estamos conseguindo literalmente pôr a casa em ordem aos poucos, claro, porque nossa prioridade são os gêmeos.
Então, sábado, tudo previamente combinado, deixamos os babies com a vovis (minha mamis) e com a titia, e fomos à luta contra a bagunça, desmanchamos caixas (finalmente organizei os meus sapatos e bolsas, e vou poder variar mais os modelitos, porque já estava enjoada de revesar uns poucos pares todos os dias rsrs) e montamos móveis (somente estavam montados os indispensáveis). Passamos a tarde toda trabalhando, tá bom, não a tarde toda, mas trabalhamos bastante.
Então, por volta das oito horas da noite, quando já nos preparávamos para parar e buscar os babies, avistei a enorme caixa fechada sobre a qual havia comentado com o Marido dias antes:
- Marido, o que tem naquela caixa grande embaixo da caixa dos sapatos?
- É coisa sua.
- Coisa minha? Mas não me lembro de ter montado essa caixa, e o que eu posso ter colocado ali de tão grande e que não me lembro? (Dormi pensando no assunto naquela noite.)
Então, neste sábado, resolvemos abrir a tal caixa. Quando a abrimos, não acreditamos no que vimos. Havia uns sacos plásticos transparentes, cheios de um líquido escuro parecido com óleo. "O que é isso?", eu perguntei para o Marido. Foi uma pergunta retórica, porque imediatamente a resposta me bateu na testa (foi assim mesmo que eu senti). Eram legumes. Isso mesmo, legumes, que na sua melhor forma, foram batatas, cebolas... e foi só o que conseguimos identificar. E, então, olhando o conteúdo restante da caixa, resolvemos o mistério.
O que aconteceu foi que o Marido havia colocado naquela caixa objetos que fizessem bastante volume, mas que fossem leves, pois por ser uma caixa grande, não poderia ficar muito pesada. E não havia fechado a caixa até o dia da mudança.
Ocorre que, os ditos profissionais que contratamos para fazer a nossa mudança***, na última hora, viram aquela caixona lá, dando sopa e com espaço, e o que fizeram? Colocaram lá dentro todos os legumes e verduras que havíamos separado na cozinha para levar de carro, depois. E nem eu nem o Marido demos falta dos tais legumes na confusão da mudança, inclusive porque naquele dia eu praticamente deixei tudo por conta do Marido, para poder me concentrar nos babies, que estavam com uns dois meses, e tentar garantir que aquilo tudo fosse o menos traumático possível para eles.
Então, ali, frente àquela situação, no mínimo, estapafurdia, passado o baque inicial, começamos olhar o que poderíamos salvar. A sorte é que, como os sacos plásticos estavam bem fechados, não produziram mau cheiro, e somente um deles vazou, mas foi o suficiente para fazer uma enorme sujeira. Como na caixa havia caixas menores de eletrodomésticos novos, como o meu novo liquidificador e um dos ferros de passar, tivemos que jogar as embalagens fora, mas, aparentemente, os eletros se salvaram, o que só poderei ter certeza quando testar todos.
Alguns dos meus bichos de pelúcia que também estavam na caixa (é, eu gosto de bichinhos de pelúcia até hoje. Fazer o quê? Eu não tive infância!) somente se salvaram porque estavam num conteiner plástico muito bem fechado.
Uma das coisas que estragou foi uma caixinha minha coberta de couro, linda, que eu amava. Isso magoou. O Marido limpou a caixinha e disse que não estragou, não, mas como a vi muito sujinha, não vou mais ter coragem de usar (T.O.C.?). Ele diz que é só porque eu fiquei traumatizada com a situação, e como não ficar?
Fiquei muito chateada com o que ocorreu. Não pagamos barato para a empresa de mudanças, mas não importa o valor do serviço, o que importa é que eles se disseram profissionais, e o serviço prestado foi tudo, menos profissional :(
* Na verdade, para quem quiser, tenho um bom pintor para indicar.
** Sobre arquitetos tenho boas histórias, que depois poderão ser objeto de novos posts.
*** Quem quiser saber qual foi a empresa de mudança que contratamos, e que não deve contratar, mande-me um e-mail (manusanbuichi@yahoo.com.br) que eu conto.
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3 comentários:
Manu que coisa.
Também me mudei recentemente e estou cheia de caixas espalhadas.
Mas os poucos legumes que estávam na geladeira, coloquei em caixa de isopor.
Beijos.
Pois é, Jú, haviámos separado os legumes para colocar no isopor junto com os outros perecíveis, mas os "profissionais" foram mais rápidos em dar destino aos danadinhos kkkk
Bjs.
...havíamos...
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