sexta-feira, 14 de novembro de 2008

É a Andréia?

Não sou daquelas pessoas aficcionadas por celular, que quando sai um novo modelo de aparelho, já têm logo que trocar o antigo, mesmo que este não tenha nem seis meses. Para mim, celular é muito mais uma necessidade que um indicativo de status ou acessório de auto-estima. Tenho, em função da praticidade de ser encontrada a qualquer momento e em qualquer lugar, o que, agora com as crianças, é bom (!?), e porque nem sempre encontramos um telefone público quando e onde precisamos. Tenho em função da minha profissão, é praticamente um instrumento de trabalho. Tenho porque, no momento, como estamos sem telefone fixo em casa, é meu meio de comunicação com o mundo. Pode parecer paradoxal, mas não consigo mais ficar sem o dito, embora use-o muito pouco, tanto que quase nunca excedo a cota de minutos do meu plano, e não sei usar a maioria das funções do meu aparelho, que já é antiguinho, considerando a velocidade com que surgem os novos modelos.
Mas essa introdução toda foi para dividir minha irresignação, porque eu tenho o mesmo número de celular há anos, e há anos sempre ligam procurando a Andréia, é isso mesmo, ligam sempre, e sempre procurando a Andréia.

Depois de algum tempo em que a Andréia ficou esquecida, ontem foi o dia.

Pela manhã, estava eu atarefadíssima na empresa, quando o celular tocou.
Atendi:

- Eu queria falar com a Andréia.
- Moço, o senhor deve estar com o número errado, porque esse celular não é da Andréia. -disse eu pela miléssima vez.
- Mas não é o número 9999-9999*?
- É moço, mas já disse ao senhor que este celular não é da Andréia. É meu.
- E qual é o seu nome?
- Moço, só posso dizer para o senhor que não é Andréia.
- Tá bom.
- tu-tu-tu-tu...

Voltei ao trabalho.

À tardinha, em casa, preparando o jantar das crianças (depois de ter passado umas duas horas para fazê-los dormir), lavando roupas, lavando a louça, e, nos momentos vagos, tentando respirar, o celular toca, lá no quarto, do ladinho da M. Saí correndo para atender antes que ela acordasse. Consegui. Ela só deu uma resmungadinha. Atendi:

- Andréia?
- Moço, eu já disse para o senhor um milhão de vezes que esse celular não é da Andréia! - esbravejo.
- Deve haver algum engano, dona, é a primeira vez que ligo para esse número.
- tu-tu-tu-tu-tu...

E ainda desligou na minha cara, o fulano, eu nem tinha esbravejado o suficiente com ele.

Apenas ontem, atentei para o fato de que só homens ligam para a Andréia. Da próxima vez, vou perguntar se a Andréia é garota de programa. Ou melhor, vou fazer de conta que sou a Andréia. Já pensou, atendo o celular:

- Queria falar com a Andréia.
- Pois não, é ela quem fala.
- Andréia, meu nome é Rodrigo. Foi o Cláudio que me recomendou você.
- Ah, o Cláudio, sei.
- Então, eu queria marcar alguma coisa.
- Sabe o que é, é que essa semana não estou atendendo.
- Que pena! Tem certeza? É que eu queria tanto.
A Andréia deve ser boa profissional. – penso.
- Mas o que você tinha em mente.
- Tudo.
- Hum, você sabe que “tudo” é mais caro, né.
- Não tem problema. Eu pago.
É, a Andréia é boa mesmo.
- Olha, eu até que poderia abrir uma exceção. Mas não vai dar para ser no meu apartamento, que eu acabei de mandar detetizar.
- Tudo bem, pode ser aqui em casa, que minha mulher está viajando.
- Você é casado?
- Sou. Algum problema?
- É que não atendo homens casados. Não dá mesmo. Tchau.
Porque a Andréia é boa, pode escolher e tem código de ética.

Bom, então, Andréia, considerando que quebrei seu galho, e fiz de você uma pessoa legal que tem até um código de ética, quebra o meu e pára de dar o número do meu celular para os teus caras, que eu sou uma mãe de família e não pega nem bem, né. Falei.

* Todos os nomes e números de telefone deste post são fictícios, com exceção do da Andréia, portanto qualquer semelhança é mera coincidência.

** Minha amiga disse que um dia vou atender o celular e alguém do outro lado vai dizer “Oi, aqui é a Andréia, tem algum recado pra mim?”. Não duvido rsrsrsrs

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

...

O Marido achou a caveira do post anterior feia rsrs

Então, em homenagem a ele, vai um poeminha:


O Romance das Caveiras

Eram duas caveiras que se amavam

E à meia-noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor então trocavam

Deitados eternamente na lousa fria
O caveiro apaixonado assim dizia
Que pela caveira de amor vivia
E ela, de amor por ele, até vivia!

Ao longe uma coruja cantava alegre
De ver os dois caveiro assim feliz
E quando se beijavam em tom funebre
A coruja, batendo as asas, pedia bis

Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver, ou melhor, um defunto
E a caveira p'r ele se apaixonou
E o caveiro antigo, então, abandonou

O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de modo romanesco
Por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco


(
Alvarenga e Ranchinho)

*Marido, Amor, nem por defunto fresquinho eu te troco :)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

...


Dentinhos dos babies nascendo (dos dois ao mesmo tempo, como acontece com tudo quando se trata de gêmeos).

Passando a noite acordados, eu e o Marido.

Muito sooono. Muito.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Você é rico?


Não se preocupem. Não estou fazendo nenhuma enquete para escolher um marido para a M., ainda. Estava passeando pelos posts antigos desta crafter super talentosa que tem um blog muito bacana, o Banana (desculpe-me o trocadilho, não resisti rsrs) Craft e encontrei este site que ela indicou. Dá para saber o quão rico você é. Eu mesma descobri que sou muito mais rica do que eu pensava (estou entre os 11,16% das pessoas mais ricas do mundo, e ainda reclamo do salário! rsrsrs). Claro que as comparações são meio absurdas, como, por exemplo, com o "valor - aproximado - do seu salário você poderia comprar uma HDTV de última geração ou uma escola para uma geração inteira de estudantes de uma cidade da Angola", mas vale a pena conferir.

Passa , e vê se pára de reclamar! :D