quinta-feira, 30 de abril de 2009

Você faz e a Oilily copia

Adoro tudo que é craft, tudo que é "foufu", tudo que é cute.

Um dos primeiros blogs craft que conheci e passei a acompanhar foi da Rosa Pomar, uma portuguesa tchuca que faz umas coisas lindas de viver. Olha só, estes bonecos não são de endoidecer qualquer ser vivente:



Mas este post não objetiva somente mostrar as coisas tchucas que a Rosa faz (não que essas fofuras não mereçam). O objetivo principal é extravasar a minha indignação com o crime (não é só injustiça, não!) que estão cometendo contra a ela.

Somente quem trabalha com crafts (ou curiosos, como eu) tem conhecimento do intrincado processo de criação e produção de uma peça craft original. Imagine-se na seguinte situação: você, como bom crafter que é, passa horas e horas pesquisando técnicas e materiais, e depois, mais horas ainda tentando aplicar as técnicas aprendidas na transformação de tecidos, linhas, papéis, etc. naquilo que somente existia em seus sonhos, e para isto, gasta muito dinheiro em suprimentos, porque, afinal, serão várias tentativas - e erros-, até que resulte em algo que agrade aos olhos e ao coração. A partir daí, ainda que você confeccione muitas outras peças, com a mesma técnica e materiais, cada uma será totalmente diferente, cada uma será única. E, então, num belo e ensolarado dia, descobre que alguém está produzindo em escala industrial cópias chinesas mal acabadas e de qualidade bastante duvidosa do seus trabalhos. Não é de lascar!

Pois é exatamente o que está acontecendo com a Rosa Pomar.

Uma conhecida marca européia de roupas para bebês, a Oilily, tem copiando, mal e porcamente, ressalte-se, o trabalho da Rosa.

Há uma grande diferença entre copiar o trabalho de alguém e buscar inspiração neste trabalho, para fazer algo seu, que terá impressa a sua marca pessoal.

Neste caso, é fácil fazer a associação entre a cópia e o original (da Rosa) , pelas características, design, cores, etc., porém, mais fácil ainda é perceber qual é a cópia, pela péssima qualidade e porque o trabalho da Rosa Pomar é único, lindo e inconfundível.

Bom, alguns chamam de injustiça, desonestidade, eu chamo de crime! Isto mesmo, crime. E, como sou advogada, tenho uma vaga idéia do que estou falando. Não sei qual a tipificação e as penas deste delito na Europa, mas aqui é, no mínimo, falsificação, vulgo pirataria. Dá cadeia (ou pelo menos deveria). Claro que não é um processo simples, mas ainda acho que a Rosa deveria tentar processar a Oilily, e pedir indenização por danos morais e materiais, e até lá ela tem meu total apoio.




Aqui mais detalhes.



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